Qual é o melhor tamanho de amostra para a quebra de ovos?

Tag: Gerenciamento do incubatório | Artigo

Escrito por Lotte Hebbink, 26/07/2018

Qual é o melhor tamanho de amostra para a quebra de ovos?

A quebra de ovos costuma fazer parte da rotina de um incubatório. Como o procedimento é demorado, as descobertas geralmente se baseiam em um tamanho limitado de amostra.

Suponha que um gerente de incubatório queira testar um novo programa de incubação destinado a reduzir a porcentagem de embriões com bicagem externa, mas não eclodidos - chamados embriões mortos na casca. Os ovos são colocados em uma bandeja de 150 ovos e transferidos para uma bandeja de eclosão após a ovoscopia. Durante o saque dos pintinhos, três bandejas de eclosão são coletadas aleatoriamente do nascedouro e os ovos com bicagem externa é contado. O tamanho da amostra seria neste exemplo de 450 ovos (150x3). Suponha que o gerente do incubatório conte um total de 9 embriões mortos na casca durante a quebra, o que equivale a 2% desta amostra. Qual a certeza de que esses 2% na amostra é um estimador confiável para todo o incubatório?

A tabela abaixo fornece uma visão geral dos diferentes tamanhos de amostra, mostrando a predominãncia de um determinado parâmetro de interesse e os intervalos de confiança correspondentes. Intervalos de confiança expressam a precisão da média que você obtém da sua amostra. A partir da tabela, você pode ver que o uso de uma quantidade de amostra de três bandejas com 2% de predominãncia de mortos na casca fornece um intervalo de confiança entre 0,9% e 3,8%. Se o gerente do incubatório quiser reduzir o número de mortos na casca em 1 ou 2%, fica claro que um intervalo de confiança de 0,9% a 3,8% é bastante grande nesse caso. Se o tamanho da amostra for de 12 bandejas, o intervalo será reduzido para 1,4% e 2,8%, o que fornece uma indicação mais certa de que a média real de todo o lote é de 2%.

Tamanho da amostra
1% predominãncia
2% predominãncia
5% predominãncia
3 bandejas (0.4;2.6) (0.9;3.8) (3.3;7.6)
6 bandejas (0.5;1.9) (1.2;3.1) (3.7;6.6)
12 bandejas (0.6;1.6) (1.4;2.8) (4.0;6.1)
24 bandejas (0.7;1.4) (1.6;2.5) (4.3;5.8)
48 bandejas (0.8;1.3) (1.7;2.4) (4.5;5.5)

Tabela 1. Intervalo de confiança de 95% (método exato de Clopper-Pearson). Os cálculos são baseados em bandejas de 150 ovos, que são transferidas para bandejas de eclosão de 150 ovos. A homogeneidade das amostras foi assumida, embora isso não seja completamente preciso, porque sempre há uma certa quantidade de variação biológica.

Obviamente, antes de fazer a quebra, não sabemos qual será a predominância do parâmetro de interesse. Vamos supor que o pior cenário seja de 5% (o que equivale a 7,5 ovos por bandeja). Defina seu nível aceitável de incerteza com antecedência, por exemplo ± 1%. Leia na tabela acima quantas bandejas você precisa; nesse caso, serão 12 bandejas, pois isso fornece um intervalo de confiança de 4,0 a 6,1%. Se a predominância for inferior a 5% (por exemplo, 1%), o intervalo de confiança aumentará para 0,6% a 1,6%.

Para concluir, quanto maior o tamanho da sua amostra, mais confiante você fica de que seus dados de quebra refletem a realidade. Lembre-se de que os cálculos na tabela acima são apenas uma aproximação da realidade. Os intervalos de confiança calculados não levam em consideração grandes variações biológicas, por exemplo.

 

Recomendações:

  • Se possível, aumente o número de bandejas usadas para as quebras. Isso aumentará o valor dos dados.
  • Não retire todas as bandejas de apenas um carrinho de eclosão. Se possível, tente colher amostras de todo o nascedouro.

Escrito por Lotte Hebbink

Especialista em Incubação

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