Pintos se desidratam nas baixas temperaturas externas

01/01/2013

Pintos se desidratam nas baixas temperaturas externas

Um gerente de incubatório me telefonou para dizer que mesmo os resultados do incubatório serem bons, os clientes estavam se queixando de mortalidade na primeira semana, independente da idade da matriz. A necropsia das aves revelou que  desidratação como a causa principal. Não havia indicação de infecção no saco vitelínico ou outros problemas bacteriológicos. 

Os saque dos pintos normalmente começava às 06:00 hs – 510 horas após o início da incubação (excluindo o pré-aquecimento). Não havia longas penas das asas, canelas secas ou excesso de mecônio nas cascas dos ovos, o que  indicaria um tempo prolongado dentro do nascedouro. Investigações posteriores revelaram que o manejo dos pintos, incluindo a sexagem pela asa, levava 6 horas. Quando completo, era tarde demais para iniciar a viagem de 10 horas até o cliente, portanto os pintos permaneciam mais 10 horas aguardando a expedição. Os custos de mão-de-obra impediam a troca de horário do saque de pintos. 

A umidade relativa na sala de expedição de pintos era baixa, ao redor de 10-25%, dependendo do número de aves alojadas, independente do fato dos umidificadores da sala de preparo de ar estarem todos funcionando. Contudo, com uma temperatura externa de -200C a -300C, isto não era raro. A psicometria ilustra como o aquecimento do ar frio recomendado para as temperaturas das salas produz extrema baixa umidade relativa e os umidificadores baseados em evaporação não podem corrigir isto de forma suficiente. A umidificação através de nebulização é uma boa solução técnica, mas cara em termos de energia. Se o seu uso for limitado na sala de expedição apenas nos dias de nascimento, os custos podem ser mantidos mais baixos a um nível aceitável.

Obviamente a baixa umidade durante o transporte dos pintos também iria contribuir para a desidratação. 

O custo do trabalho para administrar uma solução salina de forma subcutânea nos pintos era inviável. Mas água podia ser fornecida, através de pedaços de melão e outras frutas ricas em água nas caixas dos pintos. Alternativamente, produtos semi úmidos , como arroz cozido, podem ser colocados nas caixas dos pintos. Isto fornece tanto fontes de água direta ou indireta, como o pinto metaboliza os nutrientes. Entretanto as caixas de pintos devem ficar nesta situação por um tempo suficiente para permitir que os pintos se alimentem suficientemente dessas fontes ricas em água. 

Todas as medidas recomendadas produzem custos, mas clientes insatisfeitos são inevitavelmente mais caros. 

Os custos para prevenir a desidratação necessitam ser investidos durante a estação de rigoroso inverno. Assim que as temperaturas externas voltem a subir, os níveis normais de umidade relativa são mais facilmente atingidos – e o risco de entregar pintos desidratados é significativamente reduzido.

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Martin Barten, Especialista em Incubação Sênior