Os ninhos automáticos de postura requerem um bom gerenciamento

Em um evento recente, eu conheci alguém de uma empresa de equipamentos de alojamento de aves. Ele pediu minha opinião sobre a tendência de que cada vez mais alojamentos modernos fossem equipados com ninhos automáticos de postura, sugerindo que os ninhos com coleta manual de ovos pareçam destinados a se tornarem uma coisa do passado.

Concordo que os ninhos automáticos de postura podem garantir ovos férteis limpos e de boa qualidade e, com base nisso, acredito que eles representam eficiência e progresso na produção de aves.

No entanto, na minha experiência, continuei, a incidência de problemas de fertilidade, medidas pelo número de ovos claros removidos durante o processo de ovoscopia, parece estar aumentando. Muitas vezes, ao abrir uma amostra, a maioria desses ovos claros mostra que um embrião morreu no estágio inicial. Especialmente em países com um clima moderado, uma quebra de ovos não incubados da sala de armazenamento freqüentemente revela ovos férteis com um embrião subdesenvolvido.

Em países quentes como a Indonésia, uma quebra de ovos frescos geralmente revela o embrião em sua forma clássica e, nesses países, os resultados do incubatório são geralmente mais altos. Na minha opinião, esse fenômeno de embriões subdesenvolvidos pode ser atribuído ao resfriamento rápido dos ovos, enquanto deitado na esteira dos ninhos automáticos de postura, especialmente quando há uma corrente de ar diretamente sobre os ovos. Um bom controle climático e ninhos bem construídos e posicionados impedirão isso. Os ovos em um ninho tradicional esfriam naturalmente em um ritmo muito mais lento, sem nenhum fluxo de resfriamento.

Outra observação que compartilhei foi o aumento da incidência de trincas. Obviamente, isso tem muito a ver com a qualidade da casca, mas a maneira de como os ninhos automáticos de postura são gerenciados também é um fator relevante. As galinhas preferem pôr seus ovos nos cantos dos ninhos. No entanto, em ninhos automáticos de postura, o número de cantos disponíveis em cada ninho é restrito, porque eles não são projetados para ocupação única. Os ovos são, portanto, concentrados em grupos ao longo do comprimento da esteira de ovos.

Se os ovos forem coletados apenas duas vezes por dia, basta mover a esteira pela metade do comprimento de uma unidade de ninho entre os dois tempos de coleta de ovos, para evitar que ovos recém-depositados colidam com os ovos já existentes na esteira, reduzindo assim a ocorrência de trincas.

A mudança para ninhos automáticos de postura é um passo à frente no aumento da eficiência da produção avícola, concluí, desde que tenhamos em mente que boas práticas de gerenciamento também são essenciais.